quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

GOIÁ – O POETA DE COROMANDEL

Fui sou e serei sempre, admirador do trabalho artístico do intérprete compositor-poeta GOIÁ. Mineiro, de Coromandel, Gerson Coutinho da Silva usava o pseudônimo de Rouxinol, quando veio para Goiânia em 1953 em busca de novos horizontes para estender seu sonho de se tornar um artista sertanejo profissional. Pelo motivo de Goiânia ter, naquela época, emissoras possantes, operando em ondas médias, ondas curtas e ondas tropicais (ainda não havia FM), muitos artistas de outros Estados iniciaram sua jornada artística por aqui. Mas o porto de destino era São Paulo onde estavam as gravadoras de discos, que era o objetivo de todos aqueles que sonhavam em se profissionalizarem no ramo de cantar ou de compor músicas sertanejas. Aqui chegando, Rouxinol foi convidado por Jorge Batista Ribeiro (Zé Micuim) para formar com ele e com o sanfoneiro Zé Geraldo, o “Trio da Amizade”. Rouxinol aceitou o convite e se tornou um integrante do “Trio da Amizade”. Rouxinol adotou então, o pseudônimo GOIÁ em homenagem ao Estado que o acolhera carinhosamente. Definiram-se assim os nomes dos integrantes do “Trio da Amizade”: Zé Micuim, GOIÁ & Zé Geraldo.         
Zé Micuim             Zé Geraldo           Rouxinol (GOIÁ)
Esta fotografia foi autografada pelo Zé Micuim ao Ladico, residente lá em Cristianópolis (ou São Miguel do Passa Quatro) que tempos depois a ofereceu a um nosso amigo em comum, o Sandoval (Sandoval & Dina) que, por sua vez ofereceu-me a foto de presente, por saber da minha admiração e da minha amizade com o poeta GOIÁ. Pouco tempo depois de esta foto ter sido tirada, o Zé Geraldo deixou o Trio, sendo substituído por outro Zé (José Ignácio), Goiazinho.


                                                                Goiazinho
 Zé Micuim, GOIÁ & Goiazinho (Trio da Amizade) foram os primeiros artistas goianos que gravaram discos em São Paulo. Encaminhados pelo Waldomiro Bariani Ortencio (dono do Bazar Paulistinha), na época o maior vendedor de discos no Centro Oeste brasileiro. O “Trio da Amizade” gravou dois discos 78 r.p.m. com duas músicas em cada um, na Gravadora Columbia.
Publicando esta fotografia, documento o início da vitoriosa carreira do inigualável compositor-poeta, GOIÁ.
Minha amizade com ele durou desde a sua passagem por Goiânia em 1953 até a sua morte em 1981. Ele registrou essa amizade em uma de suas composições (Natal em Goiás) no segundo Lp gravado por ele, em duas vozes. Em um trecho dessa composição, Goiá falou assim: “...Rever em Brasília o irmão Jorival / Depois, em Goiânia, com o Marrequinho / Visito emissoras de manhã cedinho / Inclusive onde iniciei meu caminho / Sonhando no ninho do meu ideal...”. Assim como eu, Goiá era um sonhador inverterado, um saudosista enfim. Goiá foi e será sempre o grande Goiá.

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                           Coromandel   

2 comentários:

  1. é uma satisfação muito grande ler uma postagem tão rica para nós q apreciamos o trabalho deixado pelo Goiá.
    parabéns pelo blog.

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  2. para nos q adimiramos a poesia goiá foi o unico a cantar a sua terra,con a maior simplecidade o q lhe era peculiar,e outra pessoua como voçe marrequinho con a sabedoria q deus lhe deu ,é q podemos ter estas perola,até quando? obrigado poeta marrequinho...

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