Capítulo XLV
O CD “Marrequinho – Uma
Vida Uma História”
O Brasil é um país rico em tradições
folclóricas nos seus diversos matizes. E esses tão belos costumes eram
defendidos e preservados em épocas passadas apenas por aqueles que praticavam
essas manifestações por iniciativas próprias e em forma de domínio público.
Mas, como o modernismo avança indiscriminadamente sobre tudo e sobre todos de
forma assustadora, temia-se que as raízes dessas práticas se perdessem no
tempo, e um dia, poderia não haver nada para ser mostrado, ou contado, sobre
esses costumes, a menos que se tomasse alguma providência no sentido de se
fazer registros, de forma oficial, dessas tradições e manifestações surgidas espontaneamente
da alma de um povo. Surgiram muitos grupos independentes que tentaram (E
fizeram), as suas expensas, muitos trabalhos em prol da importância da
preservação das nossas raízes culturais.
Felizmente, pessoas graúdas, ocupantes
de postos de comandos na esfera dos que fazem com que as coisas aconteçam (o
poder público), despertaram a sua atenção para aquela gente anônima, mas,
determinada, que estava tentando fazer alguma coisa nesse sentido, ou seja,
manter viva parte da alma da cultura popular brasileira, na sua beleza natural
no que há de mais puro, de mais autêntico nela, e, oficialmente, acharam por
bem ampararem aquela intenção que era a de garantir a continuidade das
manifestações populares da nossa gente. Foram criadas Leis nas esferas Federal,
Estadual e Municipal, especificamente sobre o incentivo da preservação das
tradições e da cultura popular do nosso povo. São as Leis de incentivo á
cultura. Hoje funciona de maneira efetiva, o apoio oferecido para aqueles que
pretendem perpetuar as manifestações artísticas, recentes, inéditas ou não,
assim como costumes populares praticados de domínio público no presente ou no
passado por amadores ou mesmo por profissionais, no sentido de garantir
oficialmente sua preservação para a posteridade.
Por insistência de amigos, de
admiradores e de gente da própria área cultural fui convencido a pleitear apoio
para um projeto através do qual seria perpetuada parte do meu trabalho de
compositor sertanejo, em um CD,
complementado com um livro, no qual seria registrado o parecer de gente
especializada no assunto, falando sobre o que significou a minha participação
na música sertaneja, durante meio século. Meio a contragosto, em 2.003 entrei
com o pedido de patrocínio da Lei de incentivo á cultura, junto a Agência
Goiana de Cultura, órgão do Governo do Estado de Goiás, que analisa, e dá o seu
parecer, através do seu conselho deliberativo sobre a importância, ou não, do
que está sendo pleiteado pelo requerente. A AGEPEL era presidida pelo Sr. Nars
Nagib Chaul e tinha como diretor de Ação Cultural o maestro José Eduardo Moraes
de Siqueira.
Apresentei
o projeto. Foi aprovado unanimemente pelos conselheiros da AGEPEL. No CD foram
gravadas vinte (20) músicas das quais sou o autor, com parceiros diversos.
Algumas dessas músicas eram inéditas. Outras foram feitas regravações com
roupagens e interpretações novas, por gente importante do mundo musical
sertanejo.
(ADQUIRAM ESTE CD - R$ 25
– LIVRE DE FRETE PARA TODO O BRASIL)
Informações pelo
E-mail: marrequinhocompositor@hotmail.com
Participaram do disco, os seguintes
intérpretes:
Chico
Rey & Paraná
Zé Mulato & Cassiano Di Paullo & Paulino
Máida & Marcelo Trio Alto Astral Trio da Vitória
Odaés
Rosa André &
Andrade Carlito,
Baduy & Nhozinho
João
Rodrigo & Chico Júnior Mozart & Mozair
(Chico Jr. é meu filho mais velho)
* Encarte do CD.
Os
intérpretes do disco se ofereceram como voluntários, e nada receberam pelas
suas belíssimas interpretações, a não ser a minha eterna gratidão por aquele
gesto nobre, que demonstrou verdadeira amizade para com esse humilde
compositor. O livro, que foi apresentado pelo maestro José Eduardo de Morais,
com prefácio do escritor Bariani Ortencio, contém alguns dados sobre meu
trabalho artístico e algumas "pinceladas" sobre a minha vida pessoal.
Continha ainda (o que foi chamado de Fortuna Crítica), comentários de gente do
meio artístico e, era complementado com algumas das minhas composições que
haviam se destacado no passado. O book, um belo estojo preto, que agasalhava o
CD e o livro, ostentava letras grandes, douradas, que diziam: Marrequinho - Uma Vida, Uma História.
O
lançamento daquele Projeto foi incluído como uma das atrações das festividades
que comemoraram o “VI Canto da Primavera”,
em Pirenópolis (GO).
Na
noite de 18 de setembro de 2005, no lançamento Oficial do Álbum, todos os
intérpretes que participaram da gravação do CD, participaram também (de graça,
novamente) da homenagem que me foi prestada pela AGEPEL, e se apresentaram no
imenso Palco do Rio, ante uma imensidão de gente, calculada em trinta (30) mil
pessoas. Estimativa feita pela Polícia Militar. Foi uma verdadeira apoteose.
No
palco, comigo estavam minha esposa Selma e meus filhos, Chico Júnior (que
participou da apresentação ao lado do parceiro, João Rodrigo), Henrique,
Pollyanna, Onofre e Aline. A Cinthia, infelizmente não pôde estar presente.
Senti-me
recompensado por tudo o que tive que passar na minha conturbada jornada pelos
caminhos da arte, ao estar ali onde eu estava recebendo aquela homenagem de
tamanha grandeza. Este CD que teve como produtores: Marcelo Voninho e
Marrequinho, Posteriormente foi lançado OFICIALMENTE á nível de Brasil, pela
gravadora “ATRAÇÃO FONOGRÁFICA” SP.
Contato com Marrequinho:
marrequinhocompositor@hotmail.com
PalcoMP3: http://palcomp3.com/marrequinho/
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