quarta-feira, 10 de abril de 2013

COMPOSITORES SERTANEJOS (2)


CAPITÃO FURTADO
(ARIOWALDO PIRES)

Cantor. Compositor. Declamador e apresentador.  Era sobrinho de Cornélio Pires, o pioneiro nas gravações de discos caipiras. Seu pai possuía um sítio e uma olaria. Ainda criança mudou-se para Botucatu. Em 1926, resolveu mudar-se para São Paulo. Em 1927, conseguiu emprego como auxiliar de escritório na empresa Henrique (...) Em 1929, participou da inauguração da Rádio Cruzeiro do Sul encenando um quadro caipira, em substituição ao ator Sebastião Arruda, que não compareceu. Compôs com Marcelo Tupinambá a toada "Coração", que marcou sua estreia como letrista. Assumiu durante algum tempo o papel de caipira no programa "Cascatinha do Genaro", na Rádio Cruzeiro do Sul. Na mesma rádio, criou, juntamente com o cantor e radio ator Celso Guimarães, o primeiro programa de calouros a utilizar este título. Em 1931, trabalhou como assistente de produção no filme "Coisas nossas", de Wallace Downey. Em 1934, passou a apresentar o programa "Cascatinha do Genaro" na Rádio São Paulo, PRA-5. A Rádio Cruzeiro fez proposta para tê-lo de volta em sua programação, mas retornou atrás logo em seguida. Frustrado com o cancelamento do contrato resolveu adotar o nome artístico de Capitão Furtado. No ano de 1935, atuou como coordenador artístico do filme "Fazendo fita". Em 1936, participou do Primeiro Concurso de Músicas Carnavalescas, organizado pela Comissão de Divertimentos Públicos da Prefeitura de São Paulo. O concurso contava com a participação de Ary Barroso, que era dado como virtual vencedor. Para a surpresa de todos, a composição vencedora foi "Mulatinha da caserna", de sua autoria e Martinez Grau. "Mulatinha da caserna" foi gravada pela RCA Victor em janeiro de 1936 com interpretação de Januário de Oliveira e Arnaldo Pescuma, e acompanhamento dos Diabos do Céu e Pixinguinha. No mesmo ano, iniciou frutífera parceria com Alvarenga e Ranchinho, que gravaram "Itália e Abissínia". Ainda em 1936, começou a trabalhar na Rádio Tupi do Rio de Janeiro, juntamente com Alvarenga e Ranchinho, formando a Trinca do Bom Humor. Gravaram uma série de composições: "Meu coração", "Futebol", "Repartindo um boi" e "A baixa do café". Em 1937, gravou em dueto com a atriz Jurema Magalhães o diálogo de Campos Negreiros, intitulado "Adoração". Na mesma Rádio Tupi, criou o programa "Repouso", espécie de "retiro interiorano". Nesse programa ele recebia uma série de convidados, como Carlos Galhardo, Benedito Lacerda, Alvarenga e Ranchinho, entre outros. Suas gravações na Odeon alcançam enorme sucesso e passou a ser conhecido como "O maior caipira humorista do Brasil". Ainda em 1937, gravou sozinho ou em companhia de outros artistas vários trabalhos satíricos em linguajar caipira: "Caipira em Hollywood", "Descobrimento da América", "Em redor do mundo", "Modos de cumprimentar" e "Psicologia dos nomes". Em abril daquele ano, lançou o livro "Lá vem mentira", que alcançou enorme sucesso.
Nasceu em 31/8/1907 Tietê, SP
Faleceu em 10/11/1979 São Paulo, SP 

Créditos: http://www.vemprabrotas.com.br/pcastro5/furtado/

 
"Ave Maria do Sertanejo" - Trio Sul a Note
Composição: Capitão Furtado -M.F. de Nova Verza
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SERRINHA
SERRINHA, ou Antenor Serra, nasceu em 26.6.1917, na cidade de Botucatu, que se localiza no centro do Estado de São Paulo. Era o segundo dos dois filhos de um italiano motorista de praça e de Isabel, irmã de Raul Torres, cantador e compositor, talvez a mais importante expressão até hoje da música caipira, com vasta discografia e incursões pela música sertaneja em geral, tendo começado como O Embaixador da Embolada em 1927.  
Serrinha era cantador, violeiro e compositor, em todas essas áreas se destacando. Sua toada, Chitãozinho e Xororó, em parceria com o letrista Athos Campos, é um clássico da música brasileira e não apenas da sertaneja.   
Desde menino interessava-se pela viola, sempre a rodear Lopinho, violeiro de Botucatu, para aprender os mistérios do instrumento. Botucatu, aliás, tem sido berço de gente de destaque na arte cabocla: Tinoco (da dupla com Tonico), Carreirinho, Zé da Estrada (da dupla com Pedro Bento), Angelino de Oliveira (nascido em Itaporanga, SP, mas em Botucatu desde pequeno e onde compôs a célebre Tristeza do Jeca), Raul Torres e outros. É terra também da jornalista Rosa Nepomuceno, autora do livro: “Música Caipira, Da Roça ao Rodeio”, Editora 34, 1999, obra básica do assunto.   
Com 15 anos, Serrinha já tocava em festas. Em 1935, com 18 anos, é admitido como conferente na Estrada de Ferro Sorocabana. Raul Torres, seu tio, nome já consagrado por muitos sucessos, numa das idas a Botucatu, constata que ele possuía qualidades suficientes para ser lançado e assim propõe que formem uma nova dupla. Para tanto era preciso que Serrinha se mudasse para a capital paulista.
Nasceu em: 26/06/1917
Faleceu em: 19/08/1978

Créditos: RVM MUSIC

   
"O Que Tem a Rosa" - Trio da Vitória
Composição: Serrinha
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JOÃO PACÍFICO

João Baptista da Silva .Nasceu no Núcleo Colonial de Cascalho, antiga fazenda Cascalho, zona rural de Cordeiro, hoje Cordeirópolis. Filho de José Batista da Silva, maquinista de trem da Paulista e de Domingas, ajudante de cozinha da Fazenda Ibicaba, do Cel. Levy. Sua vida no campo foi curta, mudando-se para a cidade aos sete anos de idade. Revelou seu talento artístico já em criança, quando era comum vê-lo declamar poesias timidamente e cantar para colegas e professores. Tornou-se baterista de uma banda local e exerceu essa atividade por algum tempo.
Mudou-se para Campinas (SP) em 1919, quando sua mãe, foi trabalhar na casa de Ana Gomes, irmã do maestro Carlos Gomes, e ai passou a ter mais contato com os músicos da cidade grande.
Em 1923 o jovem baterista entrou para a Orquestra Sinfônica de Campinas chegando a tocar a abertura de “O Guarani” de Carlos Gomes, no Teatro Dom Bosco.
Em homenagem a Campinas, escreveu o poema “Cidade de Campinas”, musicado mais tarde por Raul Torres. Seu primeiro emprego foi “ajudante de lava pratos” no carro-restaurante da Cia Paulista de Estradas de Ferro, onde seu pai era maquinista.
O amigo Bimbim, filho do dono da Rádio Educadora de Campinas, levou-o um dia para cantar e declamar naquela rádio onde acabou sendo contratado e tornou-se presença constante na emissora ao lado dos violinistas João Nogueira e José Figueiredo.
Logo depois voltou a trabalhar no trem e num belo dia o cozinheiro lhe disse para fazer um verso que ele entregaria ao escritor e poeta modernista Guilherme de Almeida, que estava a bordo, em viagem ao interior. O poeta leu e gostou, em seguida mandou entregar um cartão de visitas ao jovem João e o mandou procurá-lo na Rádio  Cruzeiro do Sul , em São Paulo, onde era diretor e, providenciaria uma aproximação do jovem compositor com o já famoso Raul Torres.
Apesar da importante apresentação, teve de insistir muito para convencer o radialista e cantor Raul Torres a ler a letra da embolada “Seo João Nogueira”, que lhe rendeu um contrato na rádio e um convite para parceiro com o próprio Raul Torres. A música foi gravada na Odeon em 1934 e teve boa aceitação. Em janeiro de 1935 a gravadora lançou uma nova versão na interpretação de Raul Torres e sua Embaixada, com a participação da cantora Aurora Miranda. O disco fez enorme sucesso e animou Raul Torres a continuar a parceria com aquele jovem compositor. Na época gravaram várias músicas entre elas O Teu Retrato, O Vizinho me Contou, Coroa de Estrelas e Foi no Romper da Aurora.
Em 1937, Raul Torres foi para a RCA Victor e levou com ele o cantor Serrinha que fazia a segunda voz na dupla e nesse mesmo ano gravaram Chico Mulato, música que consagraria João Pacifico como um dos mais importantes compositores de sua época. Em seguida veio o grande clássico que atravessaria décadas: a história de amor Cabocla Tereza, gravada por Torres e Serrinha em 1940.
Anos depois, em 1982, o enredo de Cabocla Tereza acabou virando filme com o mesmo nome, dirigido e estrelado por Sebastião Pereira, com Zélia Martins no papel de Tereza e a participação especial de Jofre Soares.
Em 1954, ano de comemoração do IV Centenário de São Paulo, ao compor a marcha-hino Treze Listas, baseado no poema Nossa Bandeira de Guilherme de Almeida, João Pacífico quis prestar uma homenagem a cidade que lhe acolheu e ao mesmo tempo agradecer ao poeta por seu apoio e amizade. Gravada pelo cantor Nelson Gonçalves a música fez enorme sucesso e João Pacífico teve a honra de receber das mãos de Guilherme de Almeida, presidente da comissão do IV Centenário de São Paulo a medalha Anchieta.
Quando resolveu viver em São Paulo, João Pacífico logo tratou de arrumar um emprego, pois sabia que não poderia viver apenas com a música. Foi trabalhar na Sociedade Harmonia de Tênis, onde permaneceu por onze anos. Encarregado do vestiário, conheceu um dos diretores do Banco Ítalo-Belga, que lhe ofereceu trabalho na função de auxiliar de expedição. Educado e jeitoso para lidar com as pessoas, logo subiu de posto e foi ser continuo da diretoria, uma espécie de faz tudo, para atender especialmente ao presidente do banco, o belga John Verbist.
O patrão incentivou-o a tirar habilitação e alguns meses depois foi promovido a motorista de diretoria. Em seguida, foi servir a família do banqueiro para ser o conducteur de madame Renée Verbist. Foi com ela que João aprendeu algumas palavras em francês e, até a velhice, sempre que perguntado se estava bem, respondia: fantastique, fantastique. Ao se aposentar em 30 de Abril de 1974, João ganhou de presente do patrão o Chevrolet Bel Air, ano 1956, que ele havia conduzido durante anos.
João Pacífico morreu no dia 30 de Dezembro de 1998, em Guararema, onde foi enterrado com a presença de poucos amigos que cantaram algumas de suas obras imortais.
Em Cordeirópolis, sua terra natal, por iniciativa de Vilma Peramezza, foi criada a "Casa de Cultura João Pacífico" em sua homenagem, enquanto a Câmara Municipal instituiu a "Medalha João Pacífico", que é dada a personalidades.
Em Guararema, institui-se a "Semana João Pacífico", em homenagem ao Poeta do Sertão.

Nasceu em: 05/08/1909 Cordeirópolis, SP
Faleceu em: 30/12/1998 Guararema, SP

Créditos: http://pt.wikipedia.org/wiki/Jo%C3%A3o_Pac%C3%ADfico

  
"Cabocla Tereza" - Raul Torres e Florêncio
Composição: João Pacífico
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