segunda-feira, 15 de abril de 2013

MARREQUINHO HOMENAGEADO PELA AGÊNCIA GOIANA DE CULTURA

O ANO DE 1.999 – CAPÍTULO XLII
                                                                                 
1) A Homenagem 
2) O Benfeitor
                                                           
O Ano de 1.999 foi um ano predominantemente bom, para mim.

A Homenagem da AGEPEL
(Agência Goiana de Cultura)


 Nos meados do ano de 1.999 tive a honra de receber uma homenagem da AGEPEL (Agência Goiana de Cultura), através da ORQUESTRA DE VIOLEIROS DE GOIÁS, chefiada pelo Sr. Geraldo Alves Pereira.

Aconteceu no Cine Teatro Goiânia. Apresentação da Orquestra, entrega de diploma de Honra ao Mérito, e um bocado de pessoas que me deixaram envaidecido, com as suas honrosas presenças. A respeito dessa homenagem, algum tempo depois assim escreveu o renomado escritor Bariani Ortencio: "Marrequinho, o Francisco Ricardo de Souza, foi, no ano passado, homenageado pela AGEPEL, por iniciativa do maestro José Eduardo de Morais, no enorme palco do Teatro Goiânia, com a casa cheia, aplaudido de pé, por várias vezes, por seus amigos e admiradores. Um grande espetáculo que homenageou a história da música popular sertaneja em Goiás. Eu estava lá, firme na primeira fila".
Foi gratificante ver o trabalho do humilde menino de Campo Formoso ser reconhecido oficialmente por um órgão representativo da esfera Cultural.                                                                            

                                      O Benfeitor
                                          
Agora que eu tinha um emprego fixo, reativamos o planejamento de continuar o trabalho de acabamento da nossa moradia. A primeira providência que tomamos foi a de murar nosso lote, que era cercado apenas por alguns fios de arame farpado, fixados em frágeis postes de madeira. No mês seguinte demos início a uma minúscula área de serviço, onde seriam instalados os tanques de lavar roupas. Compramos a prestação, um armário (de aço) para ser instalado na cozinha, o que era um antigo sonho da minha leal companheira de jornada. Assim, lentamente, íamos melhorando as condições gerais de nossas vidas. As crianças estavam frequentando uma escolinha do bairro. Vivíamos de maneira humilde, procurando sempre, não dar o passo maior que a perna. De segunda a sexta-feira, eu era um imprensado passageiro dos dois ônibus coletivos dos quais eu necessitava para ida e volta daquele trabalho que havia caído do céu. Posso não ter sido um funcionário padrão, mas acredito que fiz por merecer o salário que me era pago pela empresa, porque lá permaneci, no mesmo cargo, até maio de 2005 quando me aposentei.
Aproximava-se o Natal de 1.999, quando recebemos a visita de um meu sobrinho residente em Brasília, pessoa por quem sempre tive grande apreço. O Jefferson Ricardo de Souza, de quem sou padrinho de batismo.
Homem de uma tenacidade incrível, que, sozinho, havia arregaçado as mangas e, usando sua inteligência sua criatividade, e sua honestidade, ele, filho de um simples motorista (o meu irmão Evando) deu a volta por cima e se tornou um empresário de altos negócios no segmento de comércio, na Capital Federal. Confesso que fiquei um pouco acanhado em recebê-lo na nossa inacabada casa, pois não tínhamos condição de oferecer a ele o conforto com o qual estava acostumado no seu alto padrão de vida. Mas, aquele homem exigente, objetivo, franco, porém sensível e solidário às boas causas, não havia vindo a nossa casa para nos deixar mais sem graça diante da nossa pobreza. Ao contrário, ele veio exatamente com a intenção de nos ajudar a sair dela.
Depois de observar o ponto em que estava o nosso projeto, e depois de fazer uma visita ao meu local de trabalho, ele, que nunca foi homem de meias palavras, me disse o seguinte: "Tio, sei que o senhor já passou por muitos percalços, mesmo assim, continua acreditando no ideal de proteger e dar segurança de vida a sua jovem esposa e seus dois filhos, ainda pequenos". Fez uma pausa e prosseguiu: "O senhor não é mais um jovem e sei que está usando o que resta de suas energias mentais e de suas forças físicas para a concretização desse ideal, que considero nobre. Por isso vou te fazer uma proposta que o senhor não tem o direito de recusar: Forneça-me o número de uma conta bancária sua, que a partir da semana que vem vou começar a depositar valores que irão proporcionar condição para o senhor terminar esta casa que está sendo construída, mais com a sua fé em Deus, do que com recursos materiais". E rematou de forma incisiva: "Eu quero participar dessa etapa da sua saga".
Não achei resposta para lhe dar. Forneci-lhe o número da minha conta, que mantinha aberta apenas para receber meu salário, no final de cada mês. E ele, meu sobrinho (e meu afilhado) Jefferson Ricardo de Souza cumpriu na íntegra, a sua promessa. O que nos possibilitou a realização do nosso sonho, que era o de ver pronta a nossa casa, no Jardim Primavera, Setor localizado na região Noroeste de Goiânia - GO.

“MARREQUINHO – O MENINO DE CAMPO FORMOSO”
Memórias de um artista sertanejo



50 Capítulos – 242 páginas
R$ 40 – Livre de frete para todo o Brasil

Na Região Metropolitana de Goiânia entregaremos em domicílio.

E-mail: marrequinhocompositor@hotmail.com
E-mail:cantorchicojunior@gmail.com

Fone: (62) 9215-4931 – Marrequinho
Fone: (62) 8458-5052 – Chico Junior
Marrequinho:

 

Nenhum comentário:

Postar um comentário