sexta-feira, 5 de abril de 2013

A JOALHERIA


MARREQUINHO-O MENINO DE CAMPO FORMOSO
MEMÓRIAS DE UM ARTISTA SERTANEJO
 
Capítulo XLI
A Joalheria

Certo dia recebi um recado, do proprietário de uma grande empresa que atuava no ramo de Joalheria, Ótica, Relojoaria e Congêneres (O senhor Dr. Geovar Pereira. Através do mensageiro, um nosso amigo em comum, aquele senhor me pedia que fosse vê-lo. Fiquei curioso, pois havia alguns anos que eu não tinha contato com ele. Havíamos nos conhecido numa época em que a vida me sorria. Depois que a coisa ficou feia pra minha banda, eu me afastei dos meios sociais e do círculo de conhecidos que habitualmente frequentava. Muitas ideias passaram pela minha cabeça. Será que ele queria me convidar para alguma festa? Será que ele planejava promover um encontro para uma rodada de música? Poderia ser. Que o homem, além de ser grande conhecedor do gênero, tinha acentuada queda para interpretações musicais, principalmente do gênero sertanejo. E se ele quisesse me oferecer um emprego? Não, isso não. Eu me sentia velho demais para pensar em reentrar em um mercado de trabalho que estava repleto de gente nova "caçando" emprego. Além disso, eu estava desatualizado em matéria de conhecimentos específicos sobre áreas administrativas de uma empresa. A informática estava avançando a todo vapor e, eu não entendia nada disso. Mas, as minhas conjecturas não me dariam respostas, por si mesmas. Pra saber o que o grande empresário queria comigo, eu teria que ir lá, e fui. Num abençoado dia do mês de agosto de 1998. Ao chegar à loja, matriz da empresa, na Avenida 24 de Outubro-Campinas-Goiânia, fiquei um pouquinho constrangido por ver a exposição reluzente de caríssimas joias, e relógios valiosíssimos. Uma das vendedoras, mulher jovem, bonita, com impecável uniforme que padronizava o traje de trabalho dos funcionários da empresa, veio receber-me a porta, e delicadamente colocou-se a minha disposição, julgando-me um cliente em potencial. Não se mostrou decepcionada quando lhe disse que eu estava ali para ver o seu chefe. Então ela me disse de maneira muito gentil, que anunciaria a ele a minha presença. Pegou o telefone apertou uma tecla, e perguntou meu nome. Eu respondi: Marrequinho. Notei que ela ficou um pouco encabulada, mas disse a alguém que estava do outro lado da linha: "O Senhor Marrequinho deseja vê-lo". Escutou algo e respondeu: "Sim, senhor Geovar". Tratava-se do Sr. Dr. Geovar Pereira. Proprietário e Diretor Presidente da maior empresa no ramo a que se dedica, no Centro-Oeste brasileiro. A educada funcionária me apontou um lance de escada, e me autorizou a ir ao encontro do seu patrão, em sua sala, que ficava no segundo pavimento do prédio. Galguei os degraus daquela escadaria com a sensação de que aquela visita poderia mudar o curso da minha vida. Ao me aproximar da porta, que era de vidro, da sala do "chefão", ele me acenou que entrasse. Cumprimentou-me cordialmente, mas, sem se levantar da cadeira de espaldar alto na qual estava sentado por detrás de uma enorme mesa de marfim. Eu o conhecia bem, e sabia que não era pessoa de usar meios termos. Por isso, não estranhei quando ele foi direto ao assunto que lhe interessava.
Precisava de alguém para ocupar um cargo de confiança, meu nome foi lembrado, e, estava me oferecendo um emprego. Por uma questão de honestidade tentei argumentar que talvez eu não estivesse à altura do cargo que ele me oferecia, por eu estar um tanto "enferrujado" e um tanto trôpego pelos tropeções que a vida havia imposto a mim. Ele, intempestivo, como sempre, interrompeu minha argumentação, e disse, de maneira objetiva, em tom de desafio: "Eu preciso de um funcionário, você precisa de um emprego, então, é pegar ou largar. Aceitar ou recusar".
Encarei o desafio, e, aceitei o emprego. Combinamos que eu teria alguns dias para acertar detalhes da minha vida pessoal antes de começar a trabalhar com ele. Esses detalhes consistiam em cientificar os empregadores da minha esposa de que ela iria se afastar do emprego, mas, para não deixa-los em dificuldades, lá permaneceria até que contratassem uma substituta. Mas, eles foram compreensivos entenderam a situação e lhe concederam dispensa imediata. Assim, dois dias após a entrevista com o importante empresário, no dia 10 de agosto de 1.998, eu, Marrequinho, o menino de Campo Formoso, humilde compositor de músicas sertanejas, ocupei o cargo de chefe do Departamento de Crédito e Cobrança da “Omega Dornier Comércio De Joias Ltda”.
A conquista daquele emprego foi o prenúncio de um tempo novo para mim e para a minha família.

Adquira o livro "Marrequinho-O Menino de Campo Formoso" 
Memórias de um artista sertanejo.
CD - Marrequinho-Uma Vida, Uma História (20 Composições de Marrequinho, com 11 intérpretes diferentes).
CD - Marrequinho-50 anos de Música - 13 Composições - 12 Intérpretes.

Livro: R$ 40 - Livre de frete para qualquer parte do Brasil.
CDs:   R$ 25 cada - Livre de frete.

Adquira o Livro e os dois CDs e pague apenas R$ 80 livre de frete.

Na região Metropolitana de Goiânia entregaremos em domicílio com desconto de 20%



Contato com Marrequinho:
E-mail: marrequinhocompositor@hotmail.com
Fones: (62) 3597-3305 – (62) 8571-8138 – (62) 9215-4931

Nenhum comentário:

Postar um comentário