sexta-feira, 27 de abril de 2012

MARREQUINHO - O MENINO DE CAMPO FORMOSO











                             MEMÓRIAS DE UM ARTISTA SERTANEJO

                                                      CAPÍTULO XI                         
                         Marreco e Marrequinho Gravam na RCA VICTOR
  
Em 1958. Eu, ainda Braizito, frequentava a pensão da dona Brasilina (Reduto dos Violeiros de Goiás), e cantava com um e com outro, aqui e ali, para tentar aliviar as dificuldades financeiras. Manter o próprio sustento, com a viola, não era coisa fácil. Era uma tarefa difícil. O recurso que eu tinha era apelar para a formação de duplas improvisadas, e conseguir convencer os donos de parques de diversão a nos pagar um irrisório “cachê” para que cantássemos ali no palco que era montado na parte de cima de onde funcionava a bilheteria. Lembro-me que cantei, algumas vezes, até com o Zé do Carro (da dupla, “Palmito e Zé do Carro”), segunda voz tão grave quanto a minha e os recursos financeiros tão minguados quanto os meus. Era uma graça, vê-lo fazendo a primeira voz. Mas, nos virávamos, e, conseguíamos desencavar alguns trocados. O tempo passava, a minha vocação pela arte, não. Havia em mim, ferrenha determinação e inabalável esperança de vencer, cantando. Foi quando conheci José Onofre Leite, o "Marreco", que havia se separado do "Sapezinho", com quem cantara por algum tempo, e estava “caçando” parceiro. Formamos dupla. Larguei o apelido de Braizito e fui “batizado” com o diminutivo de Marreco. A sorte estava lançada; surgia no cenário artístico Goiano, a Dupla do Momento: “Marreco e Marrequinho”.

                                                                                          Acervo Pessoal
Marreco & Marrequinho
                                                                     (1.958)

Marreco tinha uma primeira voz razoável. Timbre até bonito, mas o seu poder de retenção era um pouco limitado, o que fazia com que tivesse uma dificuldade danada para decorar as modas. Levamos algum tempo para formar um repertório com o qual pudéssemos nos apresentar em público. Além disso, era pouco propenso a aceitar os aperfeiçoamentos que a música sertaneja estava tentando alcançar. Trouxe com ele, quando veio do interior, a música caipira formatada em sua mente com pronúncias incorretas, das quais ele jamais conseguiu se livrar. Planalto, ele pronunciava "pranarto". Com muita peleja, consegui fazer com que ele melhorasse um pouco. Só um pouco, porque ele só conseguiu melhorar a pronúncia, para "planarto". Coisas assim. Mas, apesar da sua pouca instrução, ele tinha inegáveis qualidades. Era muito comunicativo, brincalhão mesmo, tinha boa aparência, detalhe valioso para quem se apresenta em público, e, com tudo isso a seu favor, ainda conseguia um feito que me surpreendia. Conseguia ganhar dinheiro, cantando músicas sertanejas, em Goiás. Marreco era filho de fazendeiro. Foi nascido e criado na roça. (Fazenda Curralinho) município de Itaberaí-Go. Conhecia, na prática, os costumes do sertão. Isso facilitava seu entrosamento com pessoas que tinham a mesma origem. Nas festas de fazendas em várias regiões do Estado de Goiás, Marreco e Marrequinho (A Dupla do Momento) era presença obrigatória. O fazendeiro, vaidoso, querendo mostrar prestígio junto aos convidados, encomendava uma moda ‘’fabricada’’ especialmente para a ocasião. Cabia a mim, atender essa encomenda. Era coisa simples.  Geralmente moda de viola, que era complementada, quase sempre com uma dança de catira, executada por catireiros da região, especialmente convidados para o evento, que conseguia grande repercussão. Eu respondia pelo segmento artístico da dupla. O Marreco administrava a área financeira. Até aí, não tínhamos gravado discos. Mas mantínhamos um programa na Rádio clube de Goiânia (a pioneira), chamado Momento Sertanejo. O programa ia ao ar de segunda a sábado, das nove as nove e trinta da manhã.  Nós nos apresentávamos nas terças, nas quintas e nos sábados. Segunda, quarta e sexta, eram de responsabilidade da dupla, Sapezinho e Ditinho e posteriormente, do Trio Enamorado (Colibri, Ninão & Nhozinho). Tempos depois, fizemos um programa também na Rádio Clube, no horário de meio dia ao meio dia e meia. Esse programa foi lançado pelo Fernando Santiago, mineiro, de Ituiutaba, excelente apresentador. Após algum tempo voltou para Minas Gerais e nunca mais ouvi falar nele. “As duplas e Trios sertanejos de Goiás, também faturavam de vez em quando, nas barracas de festas de Igrejas, para dar uma força na ‘‘arrastada” de gente que ali comparecia para prestigiar as "festas dos padres", como nós as chamávamos, e deixar algum ‘’cobre’’ nas barraquinhas da pescaria, dos bingos, dos refrigerantes, etc. Dali, sempre levávamos alguma ‘’ajuda de custo’’. Quase nunca havia contrato assinado. Era tudo na base da confiança.
Nessas alturas, começamos a sentir necessidade de gravar um disco. E como a maioria dos artistas, compunha suas próprias músicas, que por aqui ainda não tinha surgido compositores que produzissem em escala que atendesse a demanda, eu, que sentia uma estranha necessidade de por no papel, versos e trovas que até hoje não sei de onde vem, qual rajada de vento que me atinge de repente, resolvi começar a escrever algumas músicas que pudessem futuramente fazer parte do repertório da nossa dupla. Minha primeira composição, um cururu, chamado NOSSA VERDADE, está no primeiro disco de Marreco e Marrequinho, gravado na RCA VICTOR. Dei parceria para o Marreco, para divulgar ainda mais o nome da dupla, e, entrou de ‘’garupa’’, o Piracy, que se aproveitando da ingenuidade dos dois mocorongos de Goiás, disse que se tivesse o nome dele na música, os programadores de rádio mostrariam maior interesse em rodar o disco. Oportunismo de garupeiros que existiam e existem até hoje, no meio artístico, infelizmente. Na outra face do ‘’78’ está um tango, chamado PASSADO DE UM BOÊMIO, composição minha parceria com Sapezinho e Ditinho. Essa gravação foi acompanhada por um dos sanfoneiros de maior prestígio no rádio brasileiro, de todos os tempos, Mário Zan. Fomos parar lá naquele selo tão importante, graças ao apoio do nosso querido saudoso amigo Goiá. Na RCA, Marreco e Marrequinho gravaram mais dois discos, também 78 R.P.M. TEMPO DE CARREIRO, cururu, composição do Marreco, e TORTURA DO REMORSO, tango, de minha autoria. PARAGUAIA DA FRONTEIRA, Polca Paraguaia, de Goiá e Zilo, e ESTRADA DA AMARGURA, tango, de minha autoria em parceria com o Aldegundes, um compadre meu, lá de Avelinópolis (GO) Esses dois discos tiveram o acompanhamento do exímio sanfoneiro Nardeli, do trio “Nenete, Dorinho & Nardeli”

Éramos muito bem relacionados no meio político de Goiás. Nas épocas de campanha, éramos sempre incluídos como atração nos comícios dos candidatos a cargos eletivos. Os "cachês" variavam, de acordo com o potencial financeiro do candidato. Levávamos alguns "canos", é verdade, mas vivíamos situações gratificantes também. Tivemos a honra e o privilégio de ter participado da campanha do EX-PRESIDENTE Juscelino Kubistchek de Oliveira (J.K.) quando de sua candidatura a Senador, por Goiás. Sempre tive profunda admiração e respeito por aquele que foi um dos maiores estadistas brasileiros, de todos os tempos. Estivemos com ele, em inúmeras ocasiões e até viajamos no mesmo carro e hospedamos no mesmo apartamento de hotel nas cidades onde aconteceriam os comícios. J.K. era chegado numa moda de viola. O homem era mineiro, uai.
A dupla “Marreco e Marrequinho” foi desfeita em 1.961. Um político amigo nosso, ofereceu ao Marreco um emprego na Assembleia Legislativa do Estado de Goiás, e, ele aceitou, é claro.


Marrequinho – Marreco, no lançamento do livro “Marrequinho = O Menino de Campo Formoso”, na residência do escritor Bariani Ortencio em agosto de 2010.

                    Leia os Capítulos anteriores postados neste Blog
      

Contato com Marrequinho:














sexta-feira, 20 de abril de 2012

MIGRAÇÃO DE INTÉRPRETES GOIANOS

        MARREQUINHO - O MENINO DE CAMPO FORMOSO.
        Memórias de um artista sertanejo

                                                  Migração de Intérpretes Goianos
                                                       Década de 60

                                                        Capítulo X



Quando os representantes do gênero sertanejo, de São Paulo, estavam ficando sem recursos para criarem coisas novas e as gravadoras exigindo sucessos na praça aconteceu o que foi chamado de: Migração de Intérpretes goianos. É que, para sair dos estilos até então explorados pelos paulistas (nem todos eram paulistas) se fazia necessário, o lançamento de duplas e trios com intérpretes que tivessem potencial e interpretações diferentes. Diferentes e convincentes. A música sertaneja pedia socorro, apesar de ser muito bem aceita, com vendagem satisfatória, precisava atingir outras regiões do Brasil, além de São Paulo, Minas Gerais e Goiás. Felizmente, os paulistas tinham a receita, e nós, os goianos, tínhamos o remédio. Eles tinham a ideia e nós oferecemos os meios dela ser colocada em prática. Fornecemos o elemento essencial para se fazer a tal inovação que nossa música requeria (Os diretores de gravadoras e os produtores, também). E, tudo começou assim:
 O Marinheiro, que havia se separado do Brasão e do Vantuil, resolveu ir tentar a sorte, lá na capital paulista.  Lá chegando, foi conhecer o ’’ponto’’ onde quase todos os violeiros profissionais de São Paulo, se encontravam. O tradicional Café Caboclo, no largo do Paissandu, na Avenida São João, uma esquina abaixo do cruzamento com a Av. Ipiranga. Ali o Marinheiro, pessoa muito humilde, mas, convicto de que haveria para ele um ‘’lugar ao sol ‘’ na carreira que pretendia seguir, conheceu o Caçula. Violeiro experiente, já havia feito gravações com outros parceiros, mas, no momento estava ‘’desocupado’’. A conversa foi curta: ’’Vamos cantar, sem compromisso, umas duas modas? Convidou o Caçula. Cantaram, e ficaram satisfeitos com o resultado da cantiga. Dupla formada. Experiência do paulista com o potencial interpretativo do goiano. Foram para o disco, bateu e valeu.
                                                                          Capa LP


 As gravações de Caçula e Marinheiro tiveram vendagem garantida até o final de suas carreiras, com a morte do Marinheiro.

Outro cantador, tarimbado, e com muito prestígio no meio artístico, de São Paulo, o Tibagi, também procurava um parceiro, que tivesse uma boa primeira voz, e estivesse sem compromisso de dupla. Por intermédio de violeiros goianos, que foram a São Paulo com o intuito de fazer gravação, ficou sabendo que em Goiânia, tinha alguém, que poderia preencher os requisitos exigidos por ele. Era o Miltinho, que alimentava o desejo de ir tentar um tudo ou nada, na terra da garoa. E, a convite do Tibagi, seguiu viagem para lá. Ao fazer testes do que a dupla poderia render descobriram que cantavam de uma forma diferente. O Miltinho tinha facilidade de fazer falsetes, recurso vocal que ainda era pouco conhecido do público da música sertaneja. Choveu convites para gravação. Gravaram. E, com eles, começou uma nova era para a música sertaneja, a música verdadeiramente brasileira (na minha concepção).
Capa LP

 Goiás começou a ser olhado com admiração e respeito, por todos os que acompanhavam a caminhada de evolução, do gênero musical que até então fora chamado de caipira. E a coisa não parou por aí, não. Essa aliança formada pela experiência paulista com a capacidade interpretativa goiana, surpreendeu e conquistou o Brasil inteiro. E a migração continuou.

Houve em Anápolis (GO), uma dupla chamada “Duduca e Saulino”. A dupla foi desfeita. Dada às dificuldades que enfrentavam, parceiros se separavam com muita facilidade. Duduca marchou para São Paulo buscando novos horizontes. Conheceu o Dalvan. Gravaram. Sucesso, Sucesso, Sucesso
Capa LP

Chegam a São Paulo (levando na bagagem, categoria interpretativa que logo conquistou espaço), "Os Dois Goianos", dupla formada pelos irmãos "Durval e Davi", de Goianésia-Go. Mostraram para o Brasil, a maneira goiana de interpretar música sertaneja.
Capa LP

Os chamados de caipira iam abrindo caminho, e os admiradores da ‘’viola’’ aumentando de maneira surpreendente. As décadas de 60 e de 70 foram décadas de ótimas realizações, tanto para os artistas como para as gravadoras, que viveram uma próspera era.

Aí foi a vez do Jotinha, (da dupla Jota e Jotinha), de Buriti Alegre (Go). Conheceu o polêmico Léo Canhoto, que na época, empresava a dupla Vieira e Vieirinha, e estavam fazendo apresentações em Goiás. Léo, compositor famoso, tinha a pretensão de formar uma dupla, mas, ainda não havia encontrado o parceiro certo. Queria formar uma dupla que fosse diferente, interessante, inovadora. Fez proposta ao menino de Buriti Alegre GO. E, mais uma vez, a visão comercial e artística do paulista, aliada a versatilidade e segurança da cantiga do Jotinha, levou um paulista e um goiano para um patamar muito alto, da música brasileira. Surgiu a dupla: Léo Canhoto e Robertinho.
                                                Capa LP

E, tem mais "goiano", no pedaço. Amarai, de Jataí (Go) foi convidado pelo Belmonte, que havia (em SP) desfeito sua dupla com o Belmiro. E, surgiu uma das duplas sertanejas mais perfeitas que o Brasil já conheceu: "Belmonte e Amarai".


Capa LP

Outro goiano "sacode" o Brasil, com seu jeito simples e contagiante de cantar o amor. Fenômeno, na época (e até hoje), em vendagem de discos. O cantor "Amado Batista"


                                                                        Capa LP

Fortalecendo essa corrente de genuínos cantadores de Goiás, surge o Trio "Os Filhos de Goiás" (Maurico, Mauruzinho e Voninho).
Capa LP
 Maurico, Mauruzinho & Voninho

De Itumbiara (GO), "Praião e Prainha" dá a sua colaboração para o prosseguimento e o avanço da nossa genuína  música cabocla.
Capa LP

E, Goiás, fez ainda mais, pela música brasileira. O Bazar Paulistinha, ‘’despachou’’ para a capital paulista, o inimitável e versátil cantor Lindomar, que, mais tarde acrescentaria o Castilho e se tornaria "Lindomar Castilho" (O Cantor das Américas), natural de Santa Helena (GO).
Capa LP

Em seguida, foi a vez da Ely Camargo, que encantou o Brasil com "Canções da minha Terra".
Capa CD

O Lindomar e a Ely Camargo são ‘’crias’’ do Waldomiro Bariani, o ‘’seu’’ Waldo, como nossa "curriola" o chamava.
Para sacramentar minha afirmativa de que Goiás desempenhou um papel muito importante na valorização no avanço e na evolução da música de origem caipira quero citar a dupla formada pelos irmãos (Goianos, claro) "Christian e Ralf" que dispensa qualquer comentário sobre sua importância no cenário artístico nacional, pela sua versatilidade e seu invejável potencial interpretativo, o que muito contribuiu para a continuidade da caminhada evolutiva da música sertaneja.
                                                                          Capa LP


Deixo aqui uma pergunta: “GOIÁS TEVE OU NÃO TEVE PAPEL DE DESTAQUE NA PERMANÊNCIA, NA CONTINUIDADE E NA EVOLUÇÃO DA MÚSICA SERTANEJA, NO BRASIL”???????


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sábado, 14 de abril de 2012

MARREQUINHO - O MENINO DE CAMPO FORMOSO - CAPÍTULO IX

                  MEMÓRIAS DE UM ARTISTA SERTANEJO

                                                         Capítulo IX
  
                                   Os Alicerces da Música Sertaneja
                                                    (No Rádio e no Disco)
      
                         
 Os artistas sertanejos de São Paulo formavam um bloco de ‘’medalhões’’que marcaram época e construíram bases para que a música sertaneja se apoiasse, e chegasse, orgulhosamente, onde está hoje. Na década de 50, o gênero, que obedecia, mais ou menos, um padrão, começou a sair da ‘’bitola’’ sobre a qual caminhava. Quero prestar homenagem a algumas duplas e trios que me faziam ficar extasiado, com suas canções. Canções que falavam muito alto ao meu coração de menino interiorano, fazendo com que eu voltasse no tempo, através do pensamento, para rever a minha meninice na pequenina querida cidade de Campo Formoso (Orizona). "Torres e Florêncio", Serrinha e Caboclinho / Tonico e Tinoco / Zé Carreiro e Carreirinho / Vieira e Vieirinha / Barreto e Barroso / Zé Mariano e Tibaji / Irmãs Castro / Nenete, Dorinho e Nardeli / Sulino e Marrueiro / Cascatinha e Inhana / Duo Irmãs Celeste / Mineiro e Manduzinho / Chiquiho e Zé Tapera / Duo Siriema / Leôncio e Leonel / Irmãs Castro / Caxangá e Sanica / Nhô Belarmino e Nhá Gabriela / Zé Fortuna, Pitangueira e Zé do Fole / Zé do Rancho e Mariazinha / Nonô e Naná / Irmãs Galvão / Zilo e Zalo / Moreno e Moreninho / Zezinho e Zorinho / Os Dois Turunas / Trio Repentista / Trio Mineiro / Curió e Canarinho / Bolinha, Suely e Cidoca / Irmãs Cavalcante / Zico e Zeca / Luizinho, Limeira e Zezinha / Palmeira e Luizinho / Zé Ferreira e Ferreirinha / Serrinha e Zé do Rancho / Zé Goiano e Goianinho / Riachão e Riachinho / Dono da Noite e Riacho / Craveiro e Cravinho / Jacó e Jacozinho / Paiozinho e Zé da Estrada / Bié e Juquinha / Bate Pé e Catireiro / Antonio, Antoninho & Darcy / Palmeira e Biá / Pedro Bento e Zé da Estrada / Zé Tapera e Teodoro / Paiozinho e Patrício / Tião Carreiro e Carreirinho / Tião Carreiro e Pardinho / Garcia e Zé Matão / Délio e Delinha / Pena Branca e Xavantinho / Duo Guarujá / Criolo e Landinha / Criolo e Barrerito / Silveira e Barrinha / Ramoncito Gomes / Liu e Léo / Lourenço e Lourival / Goianinho e Jaguarão e, muitos, muitos outros. Não fiz Registro Cronológico da entrada desses importantíssimos nomes no cenário musical, não. Só pretendi demonstrar meu respeito e minha admiração por eles, que tanto deram de si em prol da nossa música, com competência e perseverança sem limites. Cada uma dessas duplas e trios tinha seu estilo próprio e suas próprias características de interpretação. Muitos imitadores, daqui e de lá, tentavam (E tentam até hoje) dividir espaço com esses pioneiros na gravação de discos. Mas, tem sido em vão (porque cada um deles é coisa única), são inimitáveis. Mas, na visão (comercial) dos Diretores e Produtores de discos, os veteranos e consagrados intérpretes da época, não apareciam com nada novo que conseguisse ‘’sacudir’’ os discófilos e abrisse espaço para que a música de origem caipira pudesse atingir maior público, ampliar seu campo, chegar a um maior número de compradores de discos, alargar seus horizontes e conseguir o resultado que garante a permanência de qualquer Empresa, no ramo a que se dedica, ou seja: Lucratividade. A música sertaneja permaneceu em estagnação quase total, até o final da década de 50. Com exceção de Cascatinha & Inhana, Nenete, Dorinho & Nardeli, Sulino & Marrueiro, Duo Guarujá e Pedro Bento & Zé da Estrada, que foram ousados, e deram sorte, gravando algumas versões de músicas mexicanas e paraguaias. O veterano Palmeira deixou a sua contribuição no sentido de inovação da nossa música. Gravou, com o Biá, um bolero chamado “Boneca Cobiçada” composição de Biá & Bolinha, que mexeu na água parada na qual a música sertaneja tinha se acomodado. Venderam muito. E foram também duramente criticados, principalmente por alguns colegas cujos estilos não lhes permitiriam jamais, tais avanços. Têm até uma moda feita após a gravação de Boneca Cobiçada, e na tal moda, gravada por Vieira e Vieirinha, tem uns versos que falam assim: "Gosto de cantar de viola / Cantar tango eu não quero / Aonde que já se viu / Caipira cantar bolero" etc.




Leia os Capítulos anteriores do livro “MARREQUINHO – O MENINO DE CAMPO FORMOSO” – Memórias de um artista sertanejo.

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quarta-feira, 11 de abril de 2012

R E M I N I S C Ê N C I A S




               UM BRIDE MUSICAL AOS VISITANTES DO BLOG DO MARREQUINHO

        
Ao longo da minha vida tive momentos de todas as colorações existentes formando um arco íris, num verdadeiro festival de cores. Vivi momentos de todos os naipes. Momentos bons, ruins, alegres, tristes, momentos de sorrir e também momentos de chorar. Enfim, um pouco de cada coisa plantada em cada trecho da minha longa caminhada, pelos diferentes caminhos pelos quais caminhei. Alcancei vitórias, mas, também conheci derrotas.
Carrego comigo muitas frustrações, decepções e sofrimentos causados pelas ingratidões e traições vindas de pessoas que eu muito amei, e confirmo o ditado de que quem muito ama, muito sofre.
Possuo muitos conhecidos, colegas e companheiros, mas, amigos tenho poucos. Alguém já disse: “Amigos são iguais aves de arribação. Se faz bom tempo eles vem, se faz mau tempo, eles vão”. Sempre me senti como se estivesse em uma gangorra. Ora subindo, ora descendo, em permanente conflito emocional turvando o meu discernimento e influenciando minha decisão de ficar ou de sair, de continuar ou de parar.
Mas, apesar dos pesares mantenho meus princípios básicos de vida e  de lealdade à tudo que ainda me impulsiona para chegar ao término da minha jornada terrena, de cabeça erguida: DEUS, MEUS FILHOS e meus netos, uns poucos amigos, e, a dedicação que ainda tenho pela minha arte: Ser (Ou ter sido) compositor de músicas sertanejas.
Na verdade cada letra que escrevi ou cada melodia que criei retrata um momento da minha conturbada existência. Por um motivo que desconheço a inspiração sempre me ditou versos falando sobre situações, que eu já havia vivido. Situações que eu estivesse vivendo, ou, que haveria de viver, um dia. Na verdade procurei sempre compreender as pessoas mais que ser compreendido por elas. Amei bem mais do que fui amado. Nunca ouvi de nem uma dessas pessoas, sequer um “obrigado” pela minha dedicação e pelo bem que lhe fiz. Estou me queixando não. Apenas desabafando, um pouquinho.
Sempre encontrei na poesia, um refúgio para Minh ‘alma carente de compreensão e de afeto, sentimentos que talvez por minha própria culpa não tenha conseguido despertar nas pessoas a quem amei. Até hoje vivo ziguezagueando entre os opostos que a vida tem. Amores? Tive muitos. Vieram e se foram... todos.   
Aos que admiram o meu trabalho de compositor (Ajuntador de versos) ofereço esta postagem, que registra musicalmente (20 músicas) algumas das diversas situações vividas por mim.

Como disse o meu AMIGO e parceiro, o compositor-poeta UBIRAJARA MOREIRA:
A VIDA PASSA, MAS DEIXA CAMINHOS N’ALMA DA GENTE, POR ONDE A CRUEL SAUDADE CAMINHA CONSTANTEMENTE.  

                                                                  MARREQUINHO / 2012


                                           REMINISCÊNCIAS
É só clicar no link e assistir o vídeo com a música de sua preferência.


https://www.youtube.com/watch?v=0sGQ81toLAU
Reminiscências
MOZART & MOZAIR
Composição: Marrequinho - Mozart - Mozair

https://www.youtube.com/watch?v=fUPt3nQ0Gx0
Quem Será
TRIO ALTO ASTRAL
Composição: Marrequinho - Ubirajara Moreira

https://www.youtube.com/watch?v=2yZpkm0L8Lw
Miragem
ZÉ MULATO & CASSIANO
Composição: Marrequinho - Ubirajara Moreira

https://www.youtube.com/watch?v=-I-Nh7MARvY
Mar da Vida
TRIO DA VITÓRIA
Composição: Marrequinho - Odaés Rosa

https://www.youtube.com/watch?v=J1YYBSjWyKM
Gota de Orvalho
CREONE & BARRERITO
Composição: Marrequinho - Ubirajara Moreira

https://www.youtube.com/watch?v=OttBq4-5P1A
Pranto do Adeus
CHICO REY & PARANÁ
Composição: Marrequinho - Ronaldo Adriano

https://www.youtube.com/watch?v=UbZDu4m-nZg
Saudades Antigas
CARLITO, BADUY & NHOZINHO
Composição: Marrequinho - Odaés Rosa

https://www.youtube.com/watch?v=kwxtOTrcv9I
Endereço Dele
IRMÃS FREITAS
Composição: Marrequinho

https://www.youtube.com/watch?v=PpmrU_BqEHU
Frente a Frente
CHICO REY & PARANÁ
Composição: Marrequinho

https://www.youtube.com/watch?v=0E1HXhMLT4U
Meu Violão
DI PAULLO & PAULINO
Composição: Marrequinho - Silveira - Silveirinha

https://www.youtube.com/watch?v=TA2AhZeBTRY
Perdoando Sempre
MARREQUINHO & MOZAIR
Composição: Marrequinho

https://www.youtube.com/watch?v=vaobEjLdNow
Três Noites
SILVEIRA & SILVEIRINHA
Composição: Marrequinho - Ubirajara Moreira

https://www.youtube.com/watch?v=Q-iWt9C7Fp0
Endereço da Felicidade
DI PAULLO & PAULINO
Composição: Marrequinho - Odaés Rosa

https://www.youtube.com/watch?v=9Av1gS4hrWs
Interrogação
TRIO DA VITÓRIA
Composição: Marrequinho - Odaés Rosa

https://www.youtube.com/watch?v=Ba_OoROoZW8
Triângulo de Amor
MOZART & MOZAIR
Composição: Marrequinho - Odaés Rosa

https://www.youtube.com/watch?v=Rv_gL6cUC9Q
Essa Noite Sonhei Contigo
IRMÃS BARBOSA
Composição: Marrequinho - Ronaldo Adriano

https://www.youtube.com/watch?v=rWHi8NDqgNA
O Filho do Mundo
MÁIDA & MARCELO
Composição: Marrequinho - Ronaldo Adriano

https://www.youtube.com/watch?v=x-FIJYLqpKg
O Poeta Vai Embora
FLEURY RODRIGUES (Em Duas Vozes)
Composição: Marrequinho - Fleury

https://www.youtube.com/watch?v=uoigxJX5A3M
O Poeta da Vida (Fantasia de Poeta)
ROBSON & CHICO JR
Composição: Marrequinho - Paulino

https://www.youtube.com/watch?v=Ct8Lo5857ig
Campo Formoso
FLEURY RODRIGUES (Em Duas Vozes)
Composição: Marrequinho - Fleury


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 E-mail: marrequinhocompositor@hotmail.com

segunda-feira, 9 de abril de 2012

MARREQUINHO - O MENINO DE CAMPO FORMOSO - CAPÍTULO VIII

                   MEMÓRIAS DE UM ARTISTA SERTANEJO


                                        Capítulo VIII
                                            O Disco de Acetato 

                                                            
A dupla “Brazão e Braizito” durou apenas três meses. É que o Brazão tinha a mania de testar as duplas que ele formava, gravando um disco de acetato. A Rádio Difusora de Goiânia, possuía uma ‘’máquina’’, que possibilitava isso. Acetato é um disco de alumínio (eu acho), no qual o som é gravado diretamente no disco, através de sulcos feitos pela agulha magnetizada, do aparelho gravador. A abertura dos sulcos, produzia uma bucha de finíssimos fios, que nós chamávamos de bucha de aço. O Brazão gravava, escutava depois, e, se a cantiga do parceiro o agradasse, a dupla continuava a existir, se não o agradasse, estava desfeita. Eu fui demitido da nossa parceria, ao terminar a gravação do tal acetato. Foi o seguinte: Gravamos uma moda dele, muito ‘’esquisita’’que tinha um refrão que dizia assim: ‘’Quem canta de graça é galo e nós não somos galo não, nós não somos galo não’’. A coisa correu bem, até gravarmos o último verso, quando o Brazão fazia um pequeno arranjo, na viola (que ele tocava ruim demais), então terminava. Aí, quando ele começou a fazer o tal arranjo final, eu, entusiasmado sem quantia, demonstrando imaturidade, ou burrice mesmo, lasquei uma ‘’intera’’ na moda, e falei, na gravação: ‘’E nem galinha, né, Brazão!?’’ Foi o final de tudo. Da gravação no acetato e da dupla Brazão e Braizito. Ele pagou a gravação, mas, nem quis levar o disco. Eu o levei depois. Quem fez a gravação foi o Besinho, técnico da Rádio Difusora, que riu a beça, do acontecido.
O Brazão, após testar mais alguns parceiros, formou o trio "Os Sertanejos da Cidade – Brazão, Brazãozinho e Rezendinho"

Acervo: Amadeu Emídio de Paula (Belguinha)
                                                    
                                          BRAZÃO, BRAZÃOZINHO E REZENDINHO
                                                      (Os Sertanejos da Cidade)

O Rezendinho, algum tempo depois foi substituído, e formou-se o trio "Brazão, Brazãozinho e Loló" que gravou um LP na gravadora Philips. O LP recebeu o título de Minha Cruz, composição do Caetano Somma. O Brazão não chegou a ouvir a gravação. Faleceu dias antes do lançamento do disco.



Leia os Capítulos anteriores do livro: “MARREQUINHO – O MENINO DE CAMPO FORMOSO” – Memórias de um artista sertanejo.

                                                                 MARREQUINHO

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sábado, 7 de abril de 2012

"SHOW SERTANEJO" - LP GRAVADO EM GOIÁS EM 1962



           


Fotos (Slides) de Bariani Ortencio

             BARIANI ORTENCIO E O HISTÓRICO LP “SHOW SERTANEJO”
           Primeira gravação comercial-profissional feita fora do eixo São Paulo - Rio de Janeiro

Resposta de informações que solicitei ao escritor e folclorista Bariani Ortencio:



  • Re: Informação sobre LP "Show Sertanejo"‏

01:19
Para Marrequinho Compositor
"Prezado e querido amigo Chico-Marrequinho. Boa noite. A gravação do LP foi realizada na Rádio São Francisco, a única, à época, com capacidade de gravar um LP comercial. O diretor artístico, acho que foi o Teddy Vieira, consentiu que se fizesse a gravação por aqui, conquanto que tivesse qualidade, na impossibilidade de levar à São  Paulo tantas duplas. Portanto o LP que você gravou em Aanápolis foi a primeira gravação comercial-profissional fora do eixo Rio-São Paulo.
O LP está  colocado em um quadro aqui no "Instituto Cultural e Educacional Bariani Ortencio", juntamente com o LP  da Ely Camargo e o Show de Vozes, com os cantores populares da época, como o Josaphat Nascimento, a Aparecida Amorim e outros".


                                                       POSTAGEM
Na época em que as gravações musicais eram feitas em disco vinil, o eixo São Paulo - Rio de Janeiro formavam o polo industriai de gravação e prensagem de discos. Os artistas de outras regiões do Brasil tinham que se deslocar até lá, para fazer suas gravações. Em São Paulo e no Rio estavam os Estúdios, as Prensas e o pessoal especializado na área técnica, assim como instrumentistas capacitados para o acompanhamento de qualquer estilo musical que fosse ser gravado.
RCA VICTOR, CHANTECLER, CONTINENTAL, MOCAMBO, PHILIPS, ODEON, CALIFÓRNIA e COPACABANA, eram as gravadoras que mais lançavam discos gravados por artistas sertanejos. Algumas destas Empesas, criaram sub selos, destinados exclusivamente à este segmento musical. A RCA Victor tinha o sub selo RCA Candem, a Continental tinha o sub selo Caboclo, a Copacabana, sub selo Sabiá, a Chantecler, sub selo Rosicler etc. Mas, para os selos principais ou nos sub selos, as gravações eram feitas sempre lá, São Paulo ou Rio de Janeiro, pelos motivos anteriormente expostos.


No início do ano de 1962, o Waldomiro Bariani Ortencio dono do “Bazar Paulistinha” (O Bazar do Waldomiro) na época a maior discoteca do Brasil Central (está em funcionamento até hoje) recebeu da Chantecler uma proposta para reunir uns seis ou sete conjuntos formados por Duplas, Duos e Trios sertanejos goianos para  gravar um LP misto, que assim daria chance para mais gente, de uma só vez e ainda poderia ser analisada a potencialidade comercial de cada um dos conjuntos participantes, à quem seriam dadas oportunidades futuras. O Waldomiro Bariani (Que nessa época era meu patão) achou a ideia interessante, mas, alegou que seria de alto custo levar uns vinte intérpretes à SP para que a gravação fosse feita. O Teddy Vieira, Diretor Artístico da gravadora lhe propôs então: “Se em Goiânia tiver um estúdio que dê qualidade no mínimo razoável, faça a gravação aí. Mande-me a fita que faremos aqui, as correções necessárias, assim como nivelamento de volume, mixagem, corte das faixas, a prensagem dos discos e a impressão das capas para os mesmos. Inclua fotos individuais dos conjuntos participantes que aqui faremos também a “arte” da capa”. Bariani colheu informações e chegou à conclusão de que o único Estúdio que poderia oferecer um mínimo de qualidade de gravação seria o da Rádio São Francisco, de Anápolis (GO). Entrou em contato com a direção daquela emissora e negociou a locação do estúdio para a complicada gravação. Bariani foi o Diretor Executivo do disco, é claro. Nomeou o veterano Zé Micuim como Diretor Artístico e delegou a mim (Ele era meu patrão, uai) a honrosa, mas, desgastante missão de ser o Coordenador Geral, do Projeto. Depois de analisar o plantel disponível, o chefe Bariani determinou que os futuros Astros Sertanejos fossem os seguintes: MELRINHO, BELGUINHA & ZINO PRADO / SINVAL & DALMY / REIZÃO, ZÉ REZENDE & ZANELITO / ADOLFINHO & URSO NEGRO / FERREIRA, TIANINHA & MARIZA / DUO BRASÍLIA / CORREINHA, NUVEM NEGRA & LOLÓ. Eu, Marrequinho, também entrei na dança. Toquei violão, fiz a embaixada e também terceira voz baixa, na Folia “Senhora do Rosário”, de autoria do Bariani Ortencio. 
Gravar aqui, aquele disco, foi uma verdadeira façanha. O estúdio estava instalado em uma pequena sala e, acreditem ou não, tinha um único microfone pendurado do teto, ou seja: possuía um único canal de gravação para captar as vozes dos intérpretes e os sons dos diversos instrumentos de acompanhamento, tudo ao mesmo tempo. Foi uma quase loucura. Também foi divertido pra caramba. E demorado também. Cada vez que qualquer um de nós cometia um pequeno erro, tudo tinha que ser recomeçado do zero.
Durante um mês a rotina era sempre a mesma. Todo santo dia. Eu, Marrequinho, que acumulava as funções de chefe de escritório do Bazar Paulistinha, secretário particular do Waldomiro e motorista da Empresa, agora era também responsável pela coordenação da gravação do LP “Show Sertanejo”.  Durante um mês, todo dia de manhã, com duas duplas ou trios seguia para Anápolis na Kombi da Empresa para a quase impossível missão de gravar um disco LP. Foi um feito inédito. O primeiro (acho que foi o único) LP gravado fora do eixo São Paulo/Rio, isso graças ao prestígio do Bariani Ortencio. Mas, no final, todo mundo ficou satisfeito com o resultado obtido com a gravação do tal LP.
 O Waldomiro concretizou seu intento de gravar um bando de artistas goianos, junto, num mesmo LP. Os intérpretes do disco ficaram satisfeitos por terem recebido apoio na intenção de se tornarem artistas profissionais “da viola”.
 A Chantecler lançou o disco no seu sub selo “Rosicler”, com pouca despesa e com a certeza de que o LP teria uma ótima vendagem (e teve) já que o “mandante” da gravação foi o dono do Bazar Paulistinha (A Maior Discoteca do Brasil Central) que obrigatóriamente teria que garantir uma boa vendagem do produto. E garantiu.
Eu me senti orgulhoso por ter merecido a confiança do patrão, que me escolheu para coordenar aquele projeto pioneiro. Mas, que deu trabalho, deu.
Para os apreciadores do gênero sertanejo, para os historiadores e pesquisadores da nossa música e da discografia sertaneja, do Brasil, deixo aqui este valioso registro. Eis aqui, 11 videos com músicas daquele histórico LP para quem se sentir interessado em ouvi-las. Um presente que ofereço aos visitantes do Blog do Marrequinho.


                                             “SHOW SERTANEJO”


https://www.youtube.com/watch?v=b2TDSWOPu3s
Despedindo de Goiânia
SINVAL & DALMY
Composição: Zé Micuim - Sinval - Dalmy

https://www.youtube.com/watch?v=aOSatzqfVvc
Voa Pavão
MELRINHO, BELGUINHA & ZINO PRADO
Composição: Melrinho - Belguinha


https://www.youtube.com/watch?v=ZXNBKuE367U
Moça Resolvida
DUO BRASÍLIA - (Wilma & Nêga) 2ª formação
Composição: Zé Micuim - Ubirajara Moreira


https://www.youtube.com/watch?v=EY7MccPIqdg
Recanto de Saudade
ADOLFINHO & URSO NEGRO
Composição: Adolfinho


https://www.youtube.com/watch?v=140ihBDPfn0
Jamais Te Esquecerei
REIZÃO, ZÉ REZENDE & ZANCANELI
Composição: Marrequinho - Reizão


https://www.youtube.com/watch?v=X-OSvLIBDnI
Triste Destino
FERREIRA, TIANINHA & MARIZA
Composição: Marrequinho - Ubirajara Moreira


https://www.youtube.com/watch?v=b7OOVOZ301U
Quisera Enchugar-lhe o Pranto
NUVEM NEGRA, CORREINHA & LOLÓ
Composição: Palmito


https://www.youtube.com/watch?v=6h8Awwt2Yeg
Senhora do Rosário
MELRINHO, BELGUINHA & MARREQUINHO
Composição: Bariani Ortencio


https://www.youtube.com/watch?v=HzATHNx80_w
Noite de Chuva
SINVAL & DALMY
Composição: Marrequinho - Ubirajara Moreira


https://www.youtube.com/watch?v=u5ykKT9-rx4
Bebendo Até o Fim
REIZÃO, ZÉ REZENDE & ZANCANELI
Composição: Reizão - Zé Rezende


https://www.youtube.com/watch?v=5KF-FY1REMQ
Voltarás
DUO BRASÍLIA (Wilma & Nêga) 2ª formação
Composição: Juracy Bretas - Goianinho


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